sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Há quase exatamente um ano atrás, em pleno verão porto-alegrense, caminhei muito pelas ruas desta cidade procurando casas com aquelas conhecidas placas de “vende-se”. Andei muito pela Cidade-Baixa (Luís Afonso, Joaquim Nabuco e João Alfredo), Azenha, Menino Deus... Sempre com minha máquina fotográfica a tiracolo, me perdia por algumas ruas conhecendo novos bares, armazéns, padarias.... Pela Borges de Medeiros entrei várias vezes na Demétrio Ribeiro e lá quase na volta da Usina do Gasômetro sempre subia até ao Alto da Bronze para depois pegar a Avenida Independência e seguir meu caminho de volta para casa. Sendo raro encontrar placas de “vende-se”, muitas vezes deixei meu olhar correr solto fazendo livres enquadramentos. E foi, por pura ironia do destino, na Rua Fernando Machado, que meus olhos por um instante pararam na frente de três casinhas, sem placa alguma de “vende-se”, mas com várias pombas pousadas em seus detalhes do começo do século passado e também em fios de luz que sob o céu propunham um possível desenho contemporâneo. Caminhando fotografei sem dar muita importância e sem sequer poder desconfiar que uma, daquelas três casas, seria hoje o meu novo atelier.

primeira fotografia: 23 de fevereiro de 2008

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